São Carlos registra queda histórica nos casos de dengue após surto crítico; vigilância permanece essencial

Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam redução de 92% nas notificações em relação ao pico da doença, mas autoridades alertam: combate ao Aedes aegypti não pode relaxar.


Do colapso ao controle: números revelam virada

Após meses de emergência sanitária, São Carlos registrou apenas 13 novos casos de dengue na última semana – o menor patamar desde o início de 2025. Os dados oficiais mostram uma queda vertiginosa:

  • 25.983 notificações acumuladas desde janeiro
  • 19.559 casos confirmados
  • 22 mortes concentradas entre março e abril (11 e 7 óbitos respectivamente)
  • Queda de 40% nos registros de julho (350 casos) para a primeira semana de agosto (28 casos)

“Estamos respirando alívio, mas não podemos baixar a guarda. O mosquito ainda circula, e a dengue mata”, alerta Denise Martins Gomide, diretora de Vigilância em Saúde.


Perfil das vítimas: idosos em risco extremo

Dados epidemiológicos revelam padrão alarmante:

  • 86% das mortes ocorreram em pessoas entre 60 e 93 anos
  • 55% dos óbitos foram em idosos com mais de 80 anos
  • 100% das vítimas fatais tinham comorbidades pré-existentes

“Esses números mostram que a dengue é especialmente letal para os mais vulneráveis. Hidratação imediata e busca por atendimento médico aos primeiros sintomas são cruciais”, enfatiza Gomide.


Geografia da tragédia: bairros mais afetados

As 22 mortes se distribuíram por 13 regiões da cidade, com destaque para:

  1. Vila Prado: 3 óbitos
  2. Jardim Tangará: 3 óbitos
  3. 5 bairros com 2 mortes cada
  4. 6 regiões com 1 caso fatal

Um comitê especial da Vigilância em Saúde mantém investigações ativas sobre cada caso suspeito, mesmo com resultados laboratoriais negativos.


Estratégia pós-surto: da emergência à prevenção

Com a queda nos casos, a prefeitura reforça:
Operações casa a casa para eliminação de criadouros
Campanhas educativas em unidades de saúde
Monitoramento contínuo de áreas críticas
Parcerias com universidades para desenvolvimento de novas tecnologias

“Estamos trocando a corrida contra o tempo por uma maratona de vigilância. Cada garrafa pet esquecida no quintal pode reacender a epidemia”, adverte a diretora.


Alerta final: a guerra continua

Apesar do cenário positivo, especialistas lembram:

  • Ciclo de vida do Aedes aegypti se acelera com o calor
  • Acúmulo de água parada aumenta em 300% no verão
  • Mutação viral pode gerar novos sorotipos perigosos

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